terça-feira, 31 de maio de 2016

Oficinas / Ideias - Vincent van Gogh

Oficina 06 - Vincent van Gogh

Veja na página "Oficinas / Ideias" várias sugestões para reler as obras de Vincent van Gogh





Ivete Raffa
Arte educadora e pedagoga

domingo, 22 de maio de 2016

"Arte nas Escolas"

"Arte nas Escolas"

Postagem 07 - "O Balão" - Paul Klee - EEF Engelberto Grossi - São Bento do Sul - SC - Prof. Marilei Gonçalves - Alunos do 8º ano.


Confira mais imagens, material e modo de fazer na página "Arte nas Escolas".





Postagem 06 - "Gatos" - Aldemir Martins - EEF Engelberto Grossi - São Bento do Sul - SC - Prof. Marilei Gonçalves - Alunos do 6º ano.


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Postagem 05 - ""O Menino do Balanço" -  Portinari - EEF Engelberto Grossi - São Bento do Sul - SC - Prof. Marilei Gonçalves - Alunos do 5º ano.


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Postagem 04 - "Mandalas" - EEB Irmã Felícitas - Canoinhas - SC

Prof. Giovana Gevieski - EM

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terça-feira, 10 de maio de 2016

O desenvolvimento infantil x Materiais expressivos

O desenvolvimentos infantil x Materiais expressivos

A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico que caracteriza um modo particular de dar sentido às experiências das pessoas e,  por meio dele, o aluno amplia a sensibilidade, a percepção, a reflexão e a imaginação. Aprender arte envolve, basicamente, fazer trabalhos artísticos, apreciar e refletir sobre eles. Envolve, também, conhecer, apreciar e refletir sobre as formas da natureza e sobre as produções artísticas individuais e coletivas de distintas culturas e épocas.

A criança, nas séries iniciais, não tem grandes compromissos com arte, ela simplesmente se expressa. Da primeira a quinta série do Ensino Fundamental ela busca se aproximar das produções existentes. Nessa fase, o professor nunca deve deixar modelos pela sala porque a tendência do aluno é copiar. A vivência integral desse momento, se bem direcionada, dará melhor possibilidade da criança estruturar trabalhos próprios, com marca individual e criativa.


Expressar-se artisticamente é questão de conhecer e realizar sempre de forma inédita, desenvolver habilidades, experimentar novos produtos, novas bases, enfim, novas possibilidades.

É de grande importância que os alunos sejam desafiados, instigados e motivados para a arte. Que tenham materiais suficientes e com boa qualidade para que possam desenvolver suas atividades com êxito.


No início, as experiências artísticas acontecem quase automaticamente, aos poucos, as crianças começam a observar as produções dos colegas, comparar, criticar e, muitas vezes, começam a achar que não conseguem fazer arte porque são cobrados de resultados belos e inusitados, sendo assim, as novidades são sempre bem vindas no processo criativo.
            
Material do aluno x resultado dos trabalhos


Várias crianças pegam verdadeiro pavor dos trabalhos artísticos por conta do material que utilizam e dos resultados que conseguem.


Muitas vezes, ao término do trabalho, a professora reúne os alunos em círculo para sistematizar o que foi aprendido e algumas crianças não querem colocar o seu trabalho dizendo que ficou “feio”, que está “horrível”, etc.

Quando os pais recebem as listas de materiais para o próximo ano, eles ficam irritados pelo tamanho dela, acham que muitos materiais não são necessários e, ao chegarem a papelaria, compram aqueles que tem menor preço. Não pensam nos resultados catastróficos que ocorrem na vida criativa da criança, quando utilizam  um lápis de cor que não pinta, um guache que não tem cor viva e que não cobre ou uma cola que meleca e não cola. Isso pode bloquear a criança de tal forma, que todas as vezes que tiver um trabalho de arte para fazer, ela dará uma desculpa, ficará irritada, não irá querer participar do momento de finalização, procurará sempre esconder o seu trabalho ou tentará até faltar na escola nos dias das aulas de Artes.


Sendo assim, todas as escolas deveriam numa das reuniões de pais, principalmente a última do ano, conversar com os eles sobre alguns aspectos dos materiais escolares:

1) Procurar ver a procedência deles, quais possuem os selos necessários que garantem a qualidade à utilização infantil, principalmente no que diz respeito à toxidade.

2) Observar a validade dos produtos e o tipo de embalagens que eles tem.

3) Observar a qualidade dos produtos, tendo em mente que, ao serem utilizados darão o retorno e satisfação que as crianças esperam. Existem materiais no mercado que dão péssimos resultados e desmotivam as crianças.

Atividades artísticas – Devemos oferecer materiais diferentes para que elas são se tornem monótonas


Nas aulas de artes, as crianças precisam desenvolver atividades diferentes e, cabe ao professor, desafiá-las sempre para que procurem novas soluções, experimentem novos materiais e criem algo inédito. Dessa forma a criança estará sempre criando, inovando e aprendendo, ao passo que quando as atividades propostas são do mesmo tipo a tendência é que ela se canse e ache tudo muito chato e sem significado.

As crianças da Ed. Infantil precisam ter contato com diferentes materiais expressivos. Inicialmente ofereça produtos secos, depois produtos líquidos (colas coloridas, pintura a dedo, guache, tinta acrílica, etc).


- Giz de cera / Lápis de cor – Ofereça inicialmente o “Meu 1º Giz”, eles são grossos e facilitam o trabalho da criança ao pegar uma vez que elas ainda não possuem coordenação adequada para giz redondo muito fino ou lápis. Em seguida, ofereça o “Giz Triangular” que devido à sua anatomia também facilita a pega. Somente depois de bastante familiarizados com tudo isso é que partirão para o uso do lápis de cor.


- Colas  – A primeira cola deverá ser a “Cola bastão”, depois a “Cola branca” e “Cola transparente”.

- Cola Gliter – A criança pensa que a cola gliter dá relevo e ela dá somente brilho. O professor precisa esclarecer isso a ela. Algumas que são vendidas nas papelarias contribuem para a frustração na realização das atividades. Elas “melecam”, “escorrem” e demoram muito pra secar, acabam estragando o resultado final do trabalho.


- Crystal cola e Cola colorida - Estas colas podem ser utilizadas pelas crianças desde a Educação Infantil pois dão relevo e embelezam as atividades.

- Pintura a dedo – É a primeira “tinta” que a criança pequena deve ter contato. Ela aplica sobre a base (cartolina, papel cartão, papelão e outros) com os próprios dedos. Depois da pintura a dedo ofereça o Guache, depois Guache Glytter e Guache Metálico.


- Tinta Acrílica – A criança deverá ter contato com ela a partir da 1ª série da Ed. Fundamental I.

Criar é desafiar-se o tempo todo e ter acesso aos novos materiais que existem que proporcionam experimentações incríveis, com resultados mais incríveis ainda.

Obs: Texto publicado no site da Acrilex - www.acrilex.com.br - link "Educadores" - Edição 20. 

Ivete Raffa
Arte Educadora e Pedagoga

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Obras de Arte - Possibilidades de criação - Di Cavalcanti

Obras de Arte - Possibilidades de criação - Di Cavalcanti

Emiliano Di Cavalcanti

"Cinco moças de Guaratinguetá" - 1930

Emiliano Di Cavalcanti nasceu em 1897, no Rio de Janeiro. Quando seu pai morreu em 1914, Di Cavalcanti começa a trabalhar fazendo ilustrações para a revista Fon-Fon.  Em 1916, transferiu-se para São Paulo, ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Seguiu fazendo ilustrações e começou a pintar. O jovem Di Cavalcanti frequentou o atelier do impressionista George Fischer Elpons e tornou-se amigo de Mário e Oswald de Andrade.

Entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 idealizou e organizou a Semana de Arte Moderna no Teatro Municipal de São Paulo, criando para essa ocasião as peças promocionais do evento: catálogo e programa. Faz sua primeira viagem à Europa em 1923, permanecendo em Paris até 1925. Expos em diversas cidades: Londres, Berlim, Bruxelas, Amsterdã e Paris. Conheceu Picasso, Léger, Matisse, Eric Satie, Jean Cocteau e outros intelectuais franceses. Retornou ao Brasil em 1926 e ingressou no Partido Comunista. Seguiu fazendo ilustrações. Fez nova viagem a Paris e criou os painéis de decoração do Teatro João Caetano no Rio de Janeiro.

"Mural" - 1942

Os anos 30 encontram um Di Cavalcanti imerso em dúvidas quanto à sua liberdade como homem, artista e dogmas partidários. Sofreu sua primeira prisão em 1932 durante a Revolução Paulista. Casou-se com a pintora Noêmia Mourão. Publicou o álbum A Realidade Brasileira, série de doze desenhos satirizando o militarismo da época. Em 1936 escondeu-se na Ilha de Paquetá e foi preso com Noêmia. Libertado por amigos, seguiu para Paris, lá permaneceu até 1940. Em 1937 recebeu medalha de ouro com a decoração do Pavilhão da Companhia Franco-Brasileira, na Exposição de Arte Técnica, em Paris.


Com a iminência da Segunda Guerra deixou Paris e retornou ao Brasil, fixando-se em São Paulo. Um lote de mais de quarenta obras despachadas da Europa não chegaram ao destino, extraviando-se. Passou a combater abertamente o abstracionismo através de conferências e artigos. Em 1947 participou com Anita Malfatti e Lasar Segall do júri de premiação de pintura do Grupo dos 19. Seguiu criticando o abstracionismo.

Foi convidado e participaou da I Bienal de São Paulo, 1951. Fez uma doação generosa ao Museu de Arte Moderna de São Paulo, constituída de mais de quinhentos desenhos. Recebeu a láurea de melhor pintor nacional na II Bienal de São Paulo, prêmio dividido com Alfredo Volpi


Em 1956 participou da Bienal de Veneza e recebeu o I Prêmio da Mostra Internacional de Arte Sacra de Trieste. Recebeu proposta de Oscar Niemeyer para a criação de imagens para tapeçaria a ser instalada no Palácio da Alvorada; também pintou as estações para a Via-sacra da catedral de Brasília.

Participou de exposições no México, Argentina, Paraguai, Uruguai, Moscou e França entre outros.
A modelo Marina Montini era a musa da década. Em 1971 o Museu de Arte Moderna de São Paulo organizou retrospectiva de sua obra e ele recebeu o prêmio da Associação Brasileira dos Críticos de Arte. Comemorou seus 75 anos no Rio de Janeiro, em seu apartamento do Catete. 


A Universidade Federal da Bahia outorgou-lhe o título de Doutor Honoris Causa. Fez exposição de obras recentes na Bolsa de Arte e sua pintura Cinco Moças de Guaratinguetá foi reproduzida em selo. Casou-se quatro vezes e faleceu aos 79 anos no Rio de Janeiro.


Atividades: Peixes com recorte e colagem, peixes modelados com papel mache e massinha, peixes com pintura.


Objetivos:
a)   Conhecer a vida e as obras de Di Cavalcanti observando as cores, as linhas, a simplificação das formas e os temas retratados nas suas obras.
b)  Inspirar-se nas obras de Aldemir Martins e criar novas obras com diferentes materiais.

Atividade 01 – O fundo do mar


Material:  tela, Papel Mache, Primer, Tinta Acrílica, Super cola pano, Crystal cola, Cola branca (Acrilex), tecido de algodão, tesoura, cordinha, cola quente e grampeador.

Modo de fazer:
a)  Prepare o Papel Mache de acordo com as instruções da embalagem. Modele diferentes tipos de peixes. Espere secar.
b)    Passe Primer nos peixes e, depois de seco, pinte com Tinta Acrílica.
c)    Encape a tela com tecido de algodão. Recorte outros tecidos e cole com a Super cola pano na parte inferior da tela.
d)    Cole os peixes sobre a tela. Com Crystal Cola faça detalhes (bolhas, linhas).
e)    Para finalizar, cole cordinha nas laterais para fazer uma moldura.


Atividade desenvolvida pela arte educadora – Glória Tomazzi

Atividade 02 – Peixe na caixinha redonda


Material: caixinha de MDF redonda, Base Branca Acrílica para Artesanato, Tinta Acrílica azul anil e azul claro, Tinta Mosaico branca, Crystal cola preta, vermelha e tons de azul, olho móvel.

Modo de fazer:
a)    Passe a Base Branca Acrílica para Artesanato na caixa.
b)  Pinte a parte inferior da caixinha com Tinta Acrílica azul anil. Pinte a tampa com Tinta Acrílica azul claro.
c)   Desenhe um peixe na tampa da caixinha. Contorne-o com a Crystal cola preta. Dentro do peixe faça várias linhas com Tinta Mosaico branca. Espere secar.
d)   Pinte os espaços entre as linhas com a Crystal cola em tons de azul (Metálica, Glitter e Jelly. Fora do peixe complete com Tinta Mosaico branca.
e)    Cole o olho móvel.

Atividade 03 – Peixes com Massinha Soft


Material: Tinta Acrílica, Cola branca, Massinha Soft, Crystal Cola (Acrilex), olhos móveis, pincel, Ecotela (Novaprint) ou tampa de caixa de sapatos.

Modo de fazer:
a)  Com Tinta Acrílica pinte a Ecotela ou a tampa da caixa de sapatos. Utilize a técnica das batidinhas, isto é, coloque gotas de tinta sobre a base, vá batendo e misturando na própria base.
b)    Faça algas com Crystal cola.
c)    Modele os peixes e as pedras com Massinha Soft. Cole sobre a tela.
d)    Finalize colando os olhinhos móveis.


Atividade 04 – Pescados


Material: Bloco Ecocores 21 cores (Novaprint), Cola branca, Crystal cola (Acrilex), olhos móveis, tesoura, fio de nylon e varinha de pescar.

Modo de fazer:
a)    Faça o desenho de um peixe (corpo, barbatanas, rabo). Recorte em papel colorido, cada parte de uma cor. Cole as partes.
b)    Faça texturas com Crystal cola. Cole os olhos móveis.
c)    Cole ou amarre o fio de nylon. Junte-os numa fieira e amarre na ponta da varinha de pescar.

Atividade 05 – Peixe espada


Material:  bolsa de lona, brim branco, Caneta Acrylpen preta, Tinta Dimensional preta, Super cola pano (Acrilex), tesoura

Modo de fazer:
a)   Desenhe um peixe no brim branco. Com a Caneta Acrylpen preta faça texturas diferentes no corpo, rabo e barbatanas. Recorte.
b)   Com a Super cola pano, cole o peixe na frente da bolsa de lona. Cole os demais elementos da composição (pedras, algas, chão).
c)   Com a Tinta dimensional preta, contorne as pedras, algas, chão e peixe.

Desenvolvimento dos trabalhos:
- Inicialmente peça aos alunos que, em grupos, pesquisem sobre Di Cavalcanti na sala de computação da escola ou em casa. Socializem.
- Converse sobre o Modernismo, movimento que o influenciou no início de sua carreira e a importância dele na Semana de 22.
- Converse sobre o tipo de obra que Di Cavalcanti realizou, a preferência pelas mulatas e por retratar peixes.
- Peça aos alunos que observem os diferentes tipos de peixes que existem, como acontece a procriação, pra que servem (decoração, alimentação, iscas, etc).
- Trabalhe interdisciplinarmente desenvolvendo conteúdos de matemática, ciências, história, geografia e português.
- Sugira que desenhem peixes das mais diferentes maneiras. Escolham alguns desenhos, transfiram para o tecido, papel, caixa de madeira e pintem. Os peixes podem ser modelados também com Papel Machê (atividade 01) ou Massinha Soft (Atividade 03).
- Ao final dos trabalhos, converse com os alunos sobre tudo o que aprenderam com esse estudo.

Conteúdos trabalhados:
-  Di Cavalcanti – vida, obras e estilo
-  Leitura formal, interpretativa, releitura
-  Linhas, formas, cores, composição, sobreposição, textura, movimento, volume e harmonia.

Possibilidades de trabalho
- Artes – História da Arte e todos os conteúdos das artes plásticas.
- Matemática – Tamanho, peso e situações problema.
- História – Movimento modernista no Brasil.
- Português – textos verbais e não verbais.
- Ciências – peixes (valor nutritivo, procriação, espécies).
- Geografia – Peixes (espécies) por continentes.

Obs: Plano de Aula publicado no site da Acrilex - www.acrilex.com.br - link "Educadores" - Edição 14.
    
Ivete Raffa
Arte educadora e pedagoga