Obras
de Arte - Esculturas
Desde os tempos
pré-históricos, a escultura representa importante papel em todas as
civilizações: no antigo Egito, na Grécia e Roma antiga, na China, na Índia e na
América pré-colombiana. Ela desenvolveu-se no Ocidente na época romântica.
No
início, sua finalidade era essencialmente religiosa (imagens de divindades). A
escultura profana ou com fins puramente estéticos, desenvolveu-se durante o
Renascimento e expandiu-se plenamente nos séculos XVII e XVIII na Europa
monárquica com bustos e estátuas distribuídas em praças públicas e palácios.
Os
materiais mais tradicionais para trabalhar a escultura são o mármore e o bronze
e somam-se diversos metais como o cobre, o ferro, o alumínio, quase sempre
soldados e mais recentemente as resinas sintéticas e outros materiais
plásticos.
No Brasil, até
o século XVIII, a escultura tinha caráter religioso, sobressaindo as imagens de
barro feitas por frei Agostinho da Piedade e frei Agostinho de Jesus. No século
XVIII, os maiores nomes foram Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (profetas
de pedra sabão, em Congonhas do Campo – MG) e Mestre Valentin (obras do Passeio
Público do Rio de Janeiro).
No século XX,
os maiores destaques brasileiros foram: Victor Brecheret, Ceschiatti, Bruno
Giorgi, Frans Weissmann (austríaco, naturalizado brasileiro) e Ligia Clark. As
profundas transformações do século XX levaram a escultura a assumir outras
formas de expressão tornando ultrapassados os critérios anteriores e ampliando
horizontes.
Destaques
atuais no Brasil: Caciporé Torres, Belkiss Diniz, Frans Weissmann, Frans
Krajcberg e outros.
Técnicas e materiais utilizados nas
esculturas
Entalhe
O
artista parte de um bloco e vai cortando ou extraindo o material supérfluo até
obter a forma desejada. Geralmente é utilizado um bloco de mármore, pedra sabão
ou madeira.
Modelagem
A modelagem consiste em acrescentar
ou elaborar formas. Para isso podemos utilizar argila, gesso, cera, massinhas,
papel mache, jornal (papietagem) e outros.
Moldagem
Para
esta técnica é necessário fazer um molde vazado e, nessa parte oca, será
derramado o material, geralmente quente, que, ao esfriar, endurece, formando a
escultura.
Construção
e montagem
Este
método, muito utilizado por Picasso e Georges Braque, consiste em colar papéis
e outros materiais sobre uma pintura, fazendo com que se torne uma obra
tridimensional.
Caciporé Torres
Instalação
Numa
instalação, o artista junta objetos e outros materiais de forma harmoniosa,
fazendo com que haja uma interatividade do espectador com a obra.
Móbiles
e Estábiles
Móbile – Esculturas
pendentes, presas por um ponto de apoio superior, que adquirem movimento com a
ação do homem ou do vento.
Estábile – Esculturas presas
por um ponto de apoio inferior e podem ter movimentos pela ação do homem ou do
vento.
Como trabalhar com
esculturas com as crianças?
Há
décadas atrás era praticamente impossível trabalhar com esculturas com as
crianças uma vez que era necessário técnica aprimorada pois os materiais eram
bastante complexos.
Com
o passar dos tempos, a escultura passou a ser realizada com diferentes
materiais, muitos deles, mais maleáveis, o que possibilitou às crianças o
processo de esculpir ou modelar. Podemos trabalhar com a técnica de recorte e
montagem, modelagem, moldagem, papelagem ou papietagem.
Antes
de qualquer trabalho com esculturas é necessário contextualizar o tema
escultura através de pesquisas ou aulas expositivas que situem a criança dentro
do tema a ser abordado.
I
– As crianças deverão conhecer:
a) A
história da escultura.
b) Os
diferentes materiais utilizados desde a pré-história até os nossos dias.
c) As
técnicas utilizadas ao longo dos séculos.
d) Os
escultores que mais se destacaram e suas obras.
II – As crianças deverão fazer a
apreciação estética das esculturas, observando:
a) Materiais utilizados.
b) Mensagem que a obra (escultura) quer passar.
c) Proporções, linhas, cores, volumes, composição,
movimento, harmonia, etc.
III
– Momento de criação - A partir do conhecimento histórico e da apreciação
estética, a criança deverá esboçar ideias, selecionar materiais e partir para a
criação.
Frans Weissmann
Nasceu na Áustria
em 1911 e veio para o Brasil em 1924. Estudou artes e arquitetura no Rio de
Janeiro, depois foi morar em Belo Horizonte. Neste período, sua escultura era
figurativa, apesar de já apresentar uma simplificação geométrica.
Passou a
trabalhar com metal, inicialmente pintando-o e depois deixando-o à mostra, sem
alusão à representação do mundo real. Em 1953 começou a encontrar seu próprio caminho, passou a se interessar
pelo vazio, realizando obras com finas barras de alumínio que se dobravam e
exploravam o espaço, sob um ritmo preciso e sob módulos, gerando desenhos em
seu interior, por meio de vazio.
Em 1958, o
artista se afastou um pouco dos ideais concretos, explorando ritmos
descontínuos, lúdicos, e formas mais orgânicas. Era uma crítica à excessiva
racionalidade de arte concreta.
Viveu na Europa
de 1960 a 1965, sempre trabalhando com o metal. Em 1969 retomou experiências construtivistas
e deu colorido às usas obras. Fez inúmeras obras que estão espalhadas por
diferentes lugares nas grandes cidades do Brasil, fazendo com que as pessoas
convivam com a arte contemporânea a todo momento.
Atividades – sugestões
01 – Escultura – “Multiformas”
Material: papel cartão fluorescente, cola branca,
Giz de Cera triangular, Acricor Cola Glytter (Acrilex), tesoura.
Modo de
fazer:
a) Recorte dois retângulos iguais no papel
cartão fluorescente. Cole um no outro com cola branca.
b) Faça desenhos (linhas) com Giz de cera
triangular. Faça, sobre o giz de cera, linhas com a Acricor cola dourada.
Espere secar.
c) Recorte diferentes figuras geométricas.
Faça alguns recortes para encaixar uma figura na outra e montar a escultura com
formas geométricas.
02 – Escultura – “Quadrado
tridimensional”
Material: papel cartão fluorescente, cola branca,
Big Canetas Hidrográficas, Acricor Cola Brilliant (Acrilex), régua e tesoura.
Modo de
fazer:
a) Recorte dois quadrados no papel cartão
fluorescente. Cole um no outro com cola branca.
b) Faça linhas sinuosas com as Big Canetas
Hidrográficas (várias cores). Preencha alguns espaços. Faça texturas com Acricor cola preta.
c) Recorte algumas linhas de maneira que o
quadrado, ao ser planificado, continue um quadrado.
d) Abra o quadrado para formar a escultura
tridimensional
Material: papel cartão fluorescente, cola branca, Acricor Cola Brilliant preta e Glytter prata (Acrilex), tesoura e régua.
Modo de
fazer:
a) Recorte dois retângulos iguais no papel
cartão fluorescente. Cole um no outro com cola branca.
b) Faça desenhos (linhas) com Acricor cola
preta (Miró). Preencha algumas formas com Crystal cola prata.
c) Recorte fitas de aproximadamente 4 cm de
largura. Faça dobras nas fitas, encaracole-as e monte a escultura.
04 – Escultura – “Retângulos dobrados”
04 – Escultura – “Retângulos dobrados”
Material: papel cartão fluorescente, cola branca, Big Canetas Hidrográficas (Acrilex), régua e tesoura.
Modo de fazer:
a) Recorte dois retângulos iguais no papel cartão fluorescente. Cole um no outro com cola branca.
b) Faça desenhos (linhas) com as Big Canetas Hidrográficas em um dos lados. Pinte algumas formas formadas pelo cruzamento das linhas.
c) Recorte retângulos com a mesma largura e comprimentos diferentes. Dobre-os ao meio, vinque.
d) Monte a escultura colando os retângulos por uma das partes.
05 – Escultura – “Diálogo de papel”
Material: papel cartão fluorescente, cola branca, Acricor Cola Brilliant preta e Glytter prata (Acrilex), régua, tesoura e palito de
churrasco.
Modo de
fazer:
a) Recorte dois retângulos iguais no papel
cartão fluorescente. Cole um no outro com cola branca.
b) Faça desenhos (linhas) com Crystal cola
preta (Miró). Preencha com Acricor cola prata. Espere secar e, depois, faça a
mesma coisa do outro lado.
c) Corte duas tiras com 30 cm de
comprimento e 6 cm de largura. Dobre cada tira em dois lugares conforme mostra
a obra, você terá duas letras “C”. Cole um palito de churrasco (parte) em cada
uma das partes de maneira que sobre uma ponta para espetar no isopor e montar a
escultura
d) Espete as duas partes (letra “C”) sobre
o isopor de forma que elas se entrelacem.
Ivete Raffa
Arte educadora e Pedagoga
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