quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Arte e Estética

Arte e Estética



O que é estética?

Estética é a união de beleza + equilíbrio + harmonia + proporção + ordem.
A beleza de uma obra torna-a mais destacada quando comparada às outras. O material usado pelo artista e suas técnicas são o que tornam uma obra de arte bonita, com uma boa aparência. A estética é fundamental numa obra de arte. Vemos como exemplo a arquitetura com seus edifícios majestosos, grandes, esbeltos, o que faz com que as pessoas admirem. Assim é também com um bom conto, em questão de literatura, e acontece o mesmo com a pintura. O  material usado, os traços, as cores mostram a beleza da arte.


É importante ter um estudo mais profundo sobre a estética. Conseguimos isso separando quais conceitos formam a estética, a começar pela beleza. A beleza é uma percepção individual caracterizada normalmente pelo que é agradável aos sentidos. Esta percepção depende do contexto e do universo cognitivo do indivíduo que a observa. O belo depende muito da sociedade e de suas crenças. Um exemplo disto é o quadro Abaporu, de Tarsila do Amaral onde a figura humana representava um turbilhão de coisas que brotavam da terra com significados esquisitos e para a maioria das pessoas é uma pessoa dócil pensando na vida, na seca, contemplando o horizonte, enfim, as interpretações são as mais diferentes possíveis.

 
“Abaporu” – Tarsila do Amaral - 1928

Na época de Leonardo da Vinci, as mulheres eram tidas bonitas quando eram rechonchudas. Exemplo disto é a Mona Lisa. A paisagem ao fundo contribui para  a beleza da obra e o o ar misterioso que a ela apresenta.

 
“Monalisa” – Leonardo da Vinci – 1503

Outro aspecto da estética é o equilíbrio. O equilíbrio se encontra quando todos os elementos que compõe a imagem estão organizados de tal forma que nada é enfatizado, juntos passam uma sensação de equilíbrio visual. O equilíbrio é mais utilizado nas pinturas. O que influencia o equilíbrio são as cores, as imagens, as superfícies, os tamanhos e as posições dos itens presentes na pintura, ou numa outra arte plástica. Pense num quadro cujo desenho seja um horizonte, o pôr do sol e um lindo mar refletindo a luz do sol. No fundo do mar, há um enorme navio, quase ocupando todo o espaço do quadro.  Isso tudo dá equilíbrio a obra.

 
“Regatas em Argenteuil” – Claude Monet – 1872

O artista Bil Dan criou estas esculturas no litoral de são Francisco (Califórnia – EUA), que mostram outro tipo de equilíbrio, o equilíbrio das pedras montadas umas sobre as outras(esculturas). O fotógrafo mostra o equilibrio na imagem composta pelas esculturas de pedra com o chão, o mar e o céu.


Harmonia é relacionada a beleza, a proporção e também a ordem. Um exemplo, é a música: todos os ritmos precisam estar bem delineados, bem ordenados para que haja harmonia e beleza no som. Quanto as artes plásticas, podemos definir harmonia como efeito da composição de formas, não de maneira aleatória, mas de modo que elas sejam proporcionais entre si fazendo com que a composição se torne organizada e agradável aos nossos olhos.
Se, na obra abaixo, a ponte fosse bem pequenina e as flores enormes, não haveria proporção entre os elementos. Da mesma forma que se as árvores fossem muito pequenas e as flores fossem bem maiores, a proporção estaria desalinhada, o que causaria desarmonia na obra.

 
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                             
“Jardim de Monet” – Claude Monet – 1900


Ivete Raffa
Arte educadora, Pedagoga e Autora de livros para professores

domingo, 26 de outubro de 2014

Artes Plásticas e Visuais - "Formas e círculos"

Artes Plásticas e Visuais - Formas / Círculos

"Círculos" - Kandinsky - 1924

Relembrando:
a) Ponto é a unidade de comunicação mais simples e é representado por uma pequena marca sobre um determinado espaço ou base.
b) Linha é o deslocamento do ponto. Se o deslocamento acontece numa mesma direção (linha reta), sem direção definida (linha sinuosa), em linha reta, mas, por vezes, mudando de direção (linha quebrada) e sem direção definida, depois numa mesma direção, em seguida sem direção definida... (linha mista).
c) Forma é quando uma linha contínua muda de direção algumas vezes e volta ao ponto inicial. Formas geométricas básicas:
·        Quadrado é a figura de quatro lados, quatro ângulos retos e quatro lados iguais.
·        Triângulo equilátero é a figura de três lados e três ângulos iguais.
·        Círculo é uma figura continuamente curva, cujo contorno é, em todos os pontos, equidistantes do seu ponto central.

Circunferência, círculo e esfera

A circunferência é uma linha continuamente curvada cujos pontos estão todos na mesma distância de um ponto central, chamado centro do círculo.

O círculo é a forma geométrica mais enigmática de todas e foi considerada a forma perfeita pelos nossos antepassados.  A forma circular produz um movimento de rotação evidente e possui enorme valor simbólico. Psicologicamente representa proteção, instabilidade, totalidade, movimento contínuo e infinito. 
        
A projeção tridimensional da circunferência é a esfera, o corpo geométrico mais perfeito, o que contém um maior volume em um menor espaço e é ela que define a forma tanto dos átomos como dos corpos celestes.

Beatriz Milhases - "Sinfonia Nordestina"

A circunferência e o círculo são talvez os elementos geométricos mais perfeitos e estáveis, embora carregados de uma grande carga dinâmica. A maioria dos desenhos se inicia pelos círculos e depois são unidos por linhas, como no exemplo abaixo:







As obras de arte – pontos, linhas e formas

Os artistas, ao longo dos séculos se expressaram com os mais variados tipos de materiais e elementos gráficos. Os artistas utilizaram todos os tipos de linhas e formas nas suas obras, alguns se expressaram mais com as linhas retas (Mondrian), outros misturam retas e curvas (Tarsila) e outros utilizam mais as curvas (Kandinsky), principalmente os círculos.

A seguir, alguns exemplos de obras de arte que mostram os tipos de linhas e formas usados pelos artistas.

Mondrian – 1921



Tarsila do Amaral – Paisagem com touro - 1924


As obras abaixo são de Kandinsky:








Obs: Texto publicado no site da Acrilex - www.acrilex.com.br - link "Educadores" - Edição 09

Ivete Raffa
Arte educadora, Pedagoga e Autora de livros para professores

sábado, 25 de outubro de 2014

Artes Plásticas e Visuais - "Pontos, Linhas e Formas".

Artes Plásticas e Visuais - O Ponto, a linha e a forma...


Relembrando o texto do mês anterior vemos que:
a) Ponto é a unidade de comunicação mais simples e é representado por uma pequena marca sobre em determinado espaço ou base.
b) Linha é o deslocamento do ponto numa mesma direção (linha reta), sem direção definida (linha sinuosa), em linha reta, mas, por vezes, mudando de direção (linha quebrada) e sem direção definida, depois numa mesma direção, em seguida sem direção definida... (linha mista).
c) Forma é quando uma linha contínua muda de direção algumas vezes e volta ao ponto inicial, determina uma figura geométrica ou uma forma.

Forma

A linha descreve uma forma. Na linguagem das artes visuais, a linha articula a complexidade da forma. As formas geométricas básicas são: o quadrado, o círculo e o triângulo.
 


Todas as formas básicas são figuras planas e simples, fundamentais, que podem ser facilmente descritas e construídas.

O quadrado é uma figura de quatro lados, com ângulos retos rigorosamente iguais nos cantos e lados que têm exatamente o mesmo comprimento.


O círculo é uma figura continuamente curva, cujo contorno é, em todos os pontos equidistante de seu ponto central.

O triângulo equilátero é uma figura de três lados, cujos ângulos e lados são todos iguais.

A partir da combinação das formas básicas, derivam todas as outras formas e, com elas, são construídas as coisas, feitos os desenhos, elaborados projetos arquitetônicos, de engenharia e de artes.

Nas obras abaixo vemos os pontos, as linhas e as formas colocados sobre uma base (tela) e compondo uma obra de arte de forma harmoniosa.

As telas eram pintadas como se fossem fotografias pois retratavam fielmente o que se via. No final do século XIX e início do século XX, os pintores começaram a simplificar as obras. George Seurat e Paul Sisley expressaram-se através dos pontos (pontilhismo).

Tarsila do Amaral e Alfredo Volpi (Brasil), Kandinsky (Rússia), Mondrian (Holanda), entre outros, foram pintores que usaram e abusaram das linhas e das formas.
  
Piet Mondrian – “Árvore” - 1913


 
São Paulo – 1924 – Tarsila do Amaral

 
 “Black and White” – 1910 - Kandinsky

“Grande fachada festiva” – 1950 - Alfredo Volpi

“Composição” – 1931 – Mondrian

Obs: Texto publicado no site da Acrilex - www.acrilex.com.br - link "Educadores" - Edição 08

Ivete Raffa
Arte Educadora / Pedagoga / Autora de livros para professores

Elementos da Comunicação Visual


Elementos da Comunicação Visual

A Gare - Tarsila do Amaral 

Todas as vezes que projetamos algo, pintamos, desenhamos, esboçamos ou esculpimos, o que conseguimos ver da obra é composta por vários elementos. E, são esses elementos que, combinados entre si, formam as pinturas, esculturas, instalações, etc.  Não se pode confundir os elementos visuais com os materiais ou os meios de expressão, a madeira, a argila, a tinta ou o papel.

Os elementos visuais são: o ponto, a linha, a forma, a direção, a cor, a textura, a dimensão, a escala, a perspectiva, o movimento.

Alegria - Beatriz Milhases

É importante assinalar que a escolha dos elementos visuais e a manipulação destes, tendo em vista o efeito pretendido, está nas mãos do aluno que está se desenvolvendo artisticamente, do artista (pintor, escultor ou outros), do artesão e do designer; eles são os visualizadores e produtores artísticos.  O que ele decide fazer com estes elementos é sua arte e seu ofício, e as opções são infinitas.


Ponto

O ponto é a unidade de comunicação visual mais simples. Quando qualquer material líquido ou duro, seja tinta ou um bastão, atinge uma superfície, assume uma forma arredondada (ponto) ou parecida com isso, mesmo que esta não simule um ponto perfeito. Logo, pensamos nesse elemento visual, como um ponto de referência ou um indicador de espaço.  O
ponto é uma pequena marca em determinado espaço que pode chamar a atenção do olhar, conforme sua posição (foco). Isolado, é elemento estático; combinado com outros pontos, pode-se transformar em dado sugestivo de movimentação e de ritmo.



Pontos:                            ●             ●                       ●                           ●
                                                ●                               
                              ●                                                       ●     

                                                                   ●                                            ●



Linha
Quando os pontos estão um ao lado do outro, sem interrupção, eles determinam uma linha.
Linha é o deslocamento de um ponto.



Linha reta é o deslocamento de um ponto na mesma direção.









Linha curva – é o deslocamento de um ponto sem direção definida.

            
Linha quebrada – é uma linha reta que vai mudando de direção.


Linha mista – é a mistura de linhas retas e curvas.
 



Forma
Se essa linha contínua muda de direção algumas vezes e volta ao ponto inicial, determina uma figura geométrica ou uma forma.
 



Desenho
O deslocamento de um ponto determina uma linha ou forma e várias linhas ou formas juntas de forma organizada formam um desenho.

Tarsila do Amaral – 1924 – “Paisagem”

Obs: Texto publicado no site da Acrilex - www.acrilex.com.br - link "Educadores" - Edição 07.

Ivete Raffa
Arte Educadora / Pedagoga / Autora de livros para professores