domingo, 9 de agosto de 2015

Datas Comemorativas - Folclore

Projeto - Folclore e o Bumba meu boi


"Bumba meu boi" - Aldemir Martins

Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem às festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.

Nosso folclore:

Cantigas de roda e brincadeiras: ciranda cirandinha, pega-pega, passa anel, etc.
Culinária: feijoada, virado a paulista, etc.
Ditados populares: “De grão em grão a galinha enche o papo”, etc.
Brinquedos populares: boneca de pano, pião, bola de meia, etc.
Folclore urbano: frases escritas em pára-choques dos caminhões, etc.
Roupas: trajes próprios de cada região
Diferenças de vocabulário: nomes diferentes para um mesmo brinquedo (pipa, papagaio, pandorga), etc.
Lendas: histórias irreais que o povo conta para explicar a formação do Universo, origem de plantas, frutos, etc.
Mitos: seres irreais (curupira, saci-pererê), etc.
Danças: pezinho, ciranda, carimbó, etc.
Superstições: gato preto, pé de coelho, etc.



Algumas lendas, mitos e contos folclóricos do Brasil:

Boitatá - Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza.

Boto - Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.

Curupira - Assim como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.

Lobisomem - Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transformar-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontrar pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.

Mãe-D'água - Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.

Mula-sem-cabeça - Contam que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.

Saci-Pererê - O saci-pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.
"Bumba meu boi" - Vanessa Lima - 2008

Bumba-meu-Boi é uma das manifestações folclóricas brasileiras mais conhecidas e populares. Trata-se de uma espécie de auto que mistura teatro, dança, música e circo.
Cantando, conta-se a história da morte e da ressurreição de um boi.
A encenação pode ter várias formas, mas o enredo básico conta a história da escrava Catirina (ou Catarina),  grávida, que pede ao marido Francisco que mate o boi mais bonito da fazenda porque quer comer a sua língua. Ele atende ao desejo da mulher e é preso pelo seu feitor, que tenta ressuscitar o boi, com a ajuda de curandeiros ou pajés. Quando o animal volta à vida, tudo é festa. Outros personagens podem participar: Bastião, Arlequim, Pastorinha, Turtuqué, o engenheiro, o padre, o médico, o diabo etc, todos quase sempre interpretados por homens, que também fazem os personagens femininos.

Festa em Parintins (AM) - Garantido e Caprichoso

A história mais contada sobre a origem dos nomes dos bois, Garantido e Caprichoso, fala de um amor que o poeta Emídio Rodrigues Vieira teria pela mulher do repentista Lindolfo Monteverde. Ambos apresentavam seus bois todos os anos, até que Emídio desafiou: "Se cuide que este ano eu vou caprichar no meu boi". Ao que o repentista respondeu: "Pois capriche no seu que eu garanto o meu". A partir daí, a cada ano, um queria ser melhor do que o outro.
Apesar de a rivalidade ser uma das características da festa, as torcidas jamais devem vaiar a apresentação do boi adversário. Quando um torcedor do Garantido quer se referir ao Caprichoso, diz apenas "o contrário". E vice-versa. Os músicos que tocam no Caprichoso formam a Marujada, enquanto os do Garantido são a Batucada.



“Bumba meu boi” – Cândido Portinari - 1959

Atividades: - Confeccionar com sucata bois (Garantido e Caprichoso)  

Objetivos:
- Proporcionar às crianças o conhecimento das tradições de seu povo nas diferentes regiões do país, as músicas, comidas típicas, personagens folclóricos, danças, etc.
- Conhecer obras de pintores que retratam nosso folclore (Márcio Mello, Cândido Portinari e outros).
- Conhecer a Festa de Parintins e seus personagens (Boi Caprichoso e Boi Garantido) e todos os significados trabalhados nesta festividade.


I – Boi com garrafa PET



Atividade desenvolvida por Glória Tommasi - SP

Material: sucata (caixa de sapatos, garrafa pet e bloco de isopor), areia, tecidos (lisos e estampados), Crystal Cola (Acrilex), Cola para lantejoula, Guache preto, papel laminado, cola quente e cola pra tecido, tesoura, olhos móveis e fitas.

Modo de fazer:

1 – Corpo do boi
a)   Encha a garrafa PET com areia e tampe.
b)  Faça um furo na caixa de sapatos (fundos) e encaixe a garrafa pet.
c) Corte uma tira de tecido estampado, 50% maior que a volta toda da caixa. Decore e realce as estampas com Crystal cola.
d) Corte uma tira de tecido liso mais curta que o tecido estampado. Ela deverá ter o mesmo comprimento do tecido estampado. Decore com Crystal Cola.
e) Cole o tecido estampado levemente franzido nas laterais da caixa de sapato.
f)  Cole um tecido liso por cima do estampado, no mesmo lugar.
g)   Arredonde a caixa de sapatos na parte superior.
h)  Encape essa caixa com tecido liso. Dê acabamento com uma fita larga colada em toda a volta da caixa, sobre o início dos babados.
i) Cole estrelas de papel alumínio, lantejoulas e pedras na parte superior da caixa de sapatos.

2 – Cabeça do boi
a) Pegue um bloco de isopor e, com a ajuda de uma faquinha, vá modelando a cabeça do boi. Pinte-a de preto com guache.
b)  Cole lantejoulas, pedras e fitas.
c) Com cola quente, cole a cabeça no corpo do boi.


II – Boi com embalagens de tinta acrílica






Material: Primer, Tinta Acrílica Fosca Acrilex, sucata (embalagem vazia de tinta acrílica / bisnagas), papelão, EVA preto, olhos móveis, pincel e tesoura.

Modo de fazer:
a) Desenhe os chifres do boi, as orelhas e a cara no papelão. Recorte e pinte.
b) Pinte a caixa de tintas (sucata) com Primer. Dê duas demãos.
c) Pinte com Tinta Acrílica fosca.
d) Recorte duas ovais em EVA preto e cole sobre a caixinha. Cole os olhos móveis.
e) Cole os chifres, as orelhas, e a cara.
f) Para fazer um fantoche, cole o boi pronto sobre uma régua ou pedaço de madeira e aproveite para criar histórias inéditas com eles.


III – Boi com rolinhos de papel higiênico





Material: Crystal Cola, Cola de EVA, Cola branca (Acrilex) , EVA, tesoura, rolinho de papel higiênico, potinho de iogurte pequeno, palitos de sorvete e olhos móveis.

Modo de fazer:
a) Recorte os chifres do boi em EVA e cole atrás da embalagem de iogurte (cabeça) com cola para EVA. Espere secar.
b) Cole o rolinho de papel higiênico atrás da cabeça do boi.
c) Corte dois palitos de sorvete ao meio e cole as metades no rolinho pra fazer as pernas do boi.
d) Corte um retângulo em EVA e decore com Crystal cola. Cole sobre o rolinho.
e) Picote uma tira de EVA, cole como um rolinho e cole atrás, por dentro do rolinho de papel higiênico (rabo do boi).
f) Cole os olhinhos móveis e, com Crystal cola preta, faça as narinas do boi.



IV - Boi com caixas de papelão



Material: caixas de papelão, Tempera Guache Preta da Acrilex, papel Ecocores 21 cores, papel crepom (Novaprint), fitas coloridas, Crystal Cola, Cola de EVA, Cola branca (Acrilex), cartolina branca, pincel ref 054, nº 12, cola quente e tesoura.

Modo de fazer:
a) Pegue uma caixa grande e recorte um círculo na parte superior (tampas) e inferior (fundos) - corpo do boi. Separe uma caixa para a cabeça. Pinte as duas com o guache preto.
b) Recorte o focinho e os chifres em papelão, pinte de branco (focinho) e vermelho os chifres do boi. Recorte as orelhas e pinte de preto. Cole com cola quente na caixa que será a cara do boi. Recorte e cole os olhos do boi.
c) Recorte círculos com os papéis Ecocores 21 cores e cole no corpo do boi 
d) Franza papel crepom branco e cole em volta da caixa (corpo do boi). Dê acabamento com fita colorida.
e) Prenda no corpo do boi, duas fitas, uma de cada lado do círculo onde a criança entrará para brincar. Essas fitas servirão para "segurar" o boi.

Conteúdos trabalhados:
- 22 de Agosto – Dia do Folclore
- Lendas, mitos e contos folclóricos do Brasil .
- Festa em Parintins (AM) – Boi Garantido e Boi Caprichoso.
- Teatro de fantoches.
- Pontos, linhas, formas, cores, contrastes, proporção, tridimensão, textura, escultura e estética.

Técnicas trabalhadas:
- Atividade 01 – Boi com garrafa PET – Montagem tridimensional e pintura sobre tecido e isopor.
- Atividade 02 – Boi com embalagens de tinta acrílica – Pintura sobre sucatas.
- Atividade 03 – Boi com rolinhos de papel higiênico – Montagem tridimensional e pintura sobre EVA.
- Atividade 04 - Boi com caixas de papelão - Pintura e montagem tridimensional + Recorte e Colagem.

Encaminhamento do trabalho:

– Pergunte às crianças o que elas sabem sobre Folclore.
- Fale sobre as lendas, mitos e contos folclóricos. Peça que perguntem aos pais sobre esse assunto e compartilhem na aula seguinte com os demais alunos da sala.
- Peça que tragam frases escritas em caminhões e, com elas, monte um painel.
- Proponha que montem uma mesa com pratos de várias regiões do país.
- Relembre com os alunos as brincadeiras de rua e as cantigas de roda.
- Fale sobre a história do Boi bumbá e, em seguida, pergunte se já viram na TV as apresentações que acontecem no Amazonas, em Parintins do Boi Caprichoso e do Boi Garantido. Peça que pesquisem sobre o assunto na sala dos computadores da escola.
- Proponha que façam com sucatas os bois e montem uma exposição na escola. Nessa exposição expliquem sobre a Festa do Boi bumbá que acontece em várias partes do Brasil e a Festa de Parintins que ficou tradicional e atrai todos os anos centenas de turistas para a cidade.
- Com o boi feito com caixas de papelão encenem a história do Boi Bumbá. e com ele brinquem a valer.

Reflexão
- Conversem sobre tudo que aprenderam sobre o Folclore, sobre a confecção dos bois,  a Festa de Parintins, enfim façam uma reflexão sobre tudo o que foi aprendido e a importância que o tema tem na vida dos brasileiros.

Observação: Para ter mais ideias leia os livros “Comemorando e Aprendendo” I, II , III e IV de autoria de Ivete Raffa – Editora Rideel
Colaboração – Prof. Glória Tommasi – SP

Este plano de aula foi publicado no site da Acrilex - www.acrilex.com.br - link "Educadores" - Edição 09

Ivete Raffa
Cursos de capacitação e livros para professores

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Datas comemorativas - FESTA JUNINA

Festas Juninas


Festas juninas ou festas dos santos populares são celebrações que acontecem em vários países historicamente relacionadas com a festa pagã do solstício de verão na Europa ou do inverno no Brasil, que era celebrada no dia 24 de junho, “Festa de são João”. Outros dois santos populares celebrados nesta época são São Pedro (13) e Santo Antonio (29). Em Portugal, as festas dos 3 santos populares, marcam o início das Festas de Verão, por todo o país.

Fogueiras e balões - De origem europeia, as fogueiras juninas fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o início do verão, já o uso de balões, lanternas e fogos de artifício durante as festas juninas estão relacionados aos efeitos visuais e, acredita-se em algumas partes do mundo, que servem para despertar São João Batista. Pequenos pedaços de papéis eram atados nos balões com desejos e pedidos e eram soltos no início das festas para avisar a todos que morassem mais longe do local que a festança ia começar.



Fogos de artifício - Muitas crianças fazem barulho brincado com fósforos de cor, estrala-salão, traque e pequenas bombinhas, já os adultos gostam de soltar rojões, busca pé e outros fogos de artifício. No interior ainda se erguem os mastros para os santos e o ritual é feito com muitas rezas e cantos.

Quadrilhas - A quadrilha nasceu na França e chegou ao Brasil no século XIX. Era algo muito simples, com trajes típicos caipiras, dançada aos pares em círculos ou em fileiras. Hoje, foram introduzidos muitos passos das danças brasileiras, as roupas são mais rebuscadas e ricas e, em muitos lugares, são feitos concursos pra eleger qual é a quadrilha mais animada, mais coreografada, as roupas mais elaboradas e ricas, enfim, em cada parte do Brasil, as quadrilhas adquiriram as características do lugar e passaram a fazer parte das festas juninas de maneira lúdica, teatral e festiva com estilos próprios, deixando de lado os conceitos básicos das quadrilhas que enalteciam a ruralidade e o caipira.


As Festas Juninas do sul do nosso país são totalmente diferentes das realizadas no Norte e Nordeste, enquanto no sul se dança em volta das fogueiras, com quermesses e muita música caipira, no norte e nordeste são muito alegres, com muito forró, xote, baião, frevo, etc.

Simpatias – Muitas pessoas acreditam nas simpatias e praticam pedindo fartura na mesa no dia a dia, bastante dinheiro, marido, etc.


Decoração – As Festas são ricamente decoradas com palha de milho, papéis, tecidos (xita) e outros. São feitas lanterninhas, bandeirinhas, flores, embalagens para pipoca, amendoim e docinhos, enfeites para barracas, festões, etc.

Comidas típicas -  As comidas mais apreciadas dessa época são: o amendoim torrado, pipoca, canjica, pamonha, doces caseiros (leite, mamão, abóbora, batata doce), milho cozido, assado, bolo de milho, pé-de-moleque, paçoquinha, entre outras.


Atividades: Enfeites para decorar as Festas Juninas.

Objetivos:
a) Fazer um estudo sobre as Festas Juninas brasileiras e suas diferentes versões em cada região do país.
b) Confeccionar vários enfeites para decorar a Festa Junina utilizando papéis e técnicas diversas.

1 – Convite para a Festa Junina


Material: papel color set ou Bloco de papel Ecocores Textura, papel Ecocores 21 cores (Novaprint), tesoura, cola branca e Crystal Cola prata (Acrilex).

Modo de fazer:
a)  Faça o molde de uma bandeirinha. Dobre o papel color set ou papel Ecocores Textura, risque a bandeirinha e recorte. Sairá uma bandeirinha dupla.
b)   Decore a bandeirinha utilizando papel Ecocores 21 cores e Crystal Cola prata.
c)   Entre as bandeirinhas escreva os informes de local e horário da festa.


2 - Flores de crepom



Material: papel crepom liso, xadrez e bolinhas Crep Pack (Novaprint), tesoura, cola branca e um círculo de cartolina ou color set verde.

Modo de fazer:
a) Recorte os rolos de crepom em tamanhos diferentes (cores diferentes). Arredonde um dos lados para fazer as pétalas da flor.
b) Abra os rolinhos. Franza com as mãos no lado reto do crepom e vá juntando com cola de maneira que a flor vá se formando.
c) Franza primeiro o rolinho menor (miolo), depois vá franzindo e colando os outros rolinhos em volta do miolo. Por último, franza os rolinhos verdes (folhas).
d) Cole o círculo de cartolina ou papel color set verde por trás da flor para dar acabamento.

3 – Bandeirinhas decoradas


Material: bloco de papel Ecocores 21 cores, bloco de papel Ecocores textura (Novaprint), tesoura, cola branca, Crystal Cola (Acrilex) e barbante.

Modo de fazer:
a) Faça o molde da bandeirinha em cartolina e risque no papel Ecocores 21 cores. Recorte. Decore com Ecocores Textura e Crystal Cola prata.
b)  Dobre a parte superior (1 cm), passe a cola branca na dobra, coloque o barbante e aperte para juntar as partes.

5 – Porta amendoins ou docinhos




Material: bloco de papel Ecocores 21 cores, bloco de papel Ecocores textura (Novaprint), tesoura, cola branca, cortador Tok e Crie em formato de flor, Crystal Cola (Acrilex) e régua.

Modo de fazer:
a) Risque quadrados medindo 15x15cm no papel Ecocores Textura ou Ecocores 21 cores. Recorte.
b)  Enrole duas pontas fazendo um cone. Cole.
c)  Corte flores com os cortadores da Tok e Crie e cole nos cones. Faça um pingo de Crystal Cola no centro da flor. Encha com amendoins ou docinhos e faça a alegria das crianças.

6 – Porta pipocas / porta pé-de-moleque




Material: bloco de papel Ecocores 21 cores, bloco de papel Ecocores textura (Novaprint), tesoura, cola branca, Crystal Cola prata (Acrilex).

Modo de fazer:
a) Recorte quadrados no tamanho 22 x 22 cm e dobre conforme o desenho.
b) Decore com o papel Ecocores Textura e Crystal Cola prata.

7 – Lanterninhas juninas




Material: bloco de papel Ecocores textura (Novaprint), tesoura, cola branca, régua e tesoura.

Modo de fazer:
a)  Recorte retângulos medindo 15x24cm. Dobre ao meio. Faça uma linha com 2 cm de largura nas extremidades. Risque linhas paralelas com 1cm de largura e corte da dobra até a linha marcada. Abra o trabalho e junte as laterais com cola. Faça uma alça e cole na parte superior.



Conteúdos trabalhados: cores, linhas, formas, bi e tridimensão, ângulos, volumes, paralelas, sobreposição, textura e equilíbrio.  

Técnicas trabalhadas: Origami, Recorte e Colagem.

Possibilidades de trabalho:
-  Peça aos alunos que comentem o que lembram das Festas Juninas que participaram. O que foi mais marcante? Como eram as músicas? O que lembram da decoração?
- Peça que, em grupos, façam uma pesquisa sobre a história das Festas Juninas. Socializem.
-  Os pais são de regiões do Brasil diferentes, uns são do sul, outros do sudeste, centro oeste, norte, nordeste... peça que perguntem aos pais sobre as Festas Juninas nos estados onde eles passaram a infância. Socializem.
- Conversem sobre a alegria que envolve as Festas Juninas, os preparativos, as danças, as comidas típicas, etc.
-  Ensine seus alunos a fazer as bandeirinhas, porta pipocas, porta amendoim, flores, lanterninhas, convites, etc. Não esqueça de deixá-los criar na decoração. Você pode dar o molde da bandeirinha ou do convite, mas a decoração é de cada um.
-  Depois da festa converse com os alunos e relembre todas as fases da aprendizagem. O que aprenderam com a participação nesse projeto?

Obs. - Plano de aula publicado no site da Novaprint - www.novaprint.com.br - link "Professores".

Ivete  Raffa
Arte educadora e pedagoga
Cursos e Livros para professores
iveteraffa@uol.com.br


quarta-feira, 13 de maio de 2015

Projetos - "Expressões fisionômicas"

Projeto: “Expressões fisionômicas”

"Monalisa" - Leonardo da Vinci - 1503

Todos nós sabemos que nosso corpo diz muito mais do que as palavras são capazes de dizer.  O que muitos não sabem é que além de comunicar algo ao mundo externo, nossas expressões faciais podem causar mudanças internas ao nosso corpo.

É comum dizer que quando acontece algo legal nós ficamos felizes e, estando felizes nós sorrimos. Quando acontece algo triste nós também deixamos transparecer através do nosso rosto. As nossas emoções são transmitidas pelo nosso rosto o tempo todo.

As pessoas que sorriem bastante, possuem um humor melhor e conseguem se relacionar com mais facilidade com os outros e com as situações que aparecem à sua frente. Atitudes como essas desencadeiam sentimentos de felicidade.

Se você prestar atenção, vai perceber que o modo como inclinamos as sobrancelhas, arregalamos os olhos, torcemos o nariz ou abrimos a boca pode mostrar se estamos alegres, tristes, com medo, surpresos e muitos outros sentimentos.

"O grito" - Edvard Munch - 1893

Desde que nascemos é assim, as expressões faciais dão pistas sobre o nosso humor. Quando experimentamos um sabor novo, podemos fazer diferentes caretas. Um sorriso amarelo, meio forçado, por exemplo, pode ser sinal de raiva. Já quem ri de boca fechada indica timidez.

Os estudiosos acreditam que os primeiros humanos usavam essa comunicação facial, sem palavras, antes de desenvolverem a fala. E até hoje repetimos tais expressões, além de inventar outras.


Atividade: A partir da observação de pessoas, desenhar as expressões fisionômicas e, com elas, criar quadrinhos.

Objetivos:
a) Trabalhar as expressões faciais, as emoções, a observação, a atenção.
b) Propor às crianças que criem diálogos entre os personagens confeccionados com diferentes expressões fisionômicas sobre EVA, papel, caixinhas e outros.
c) Trabalhar com diferentes materiais expressivos.
   
Material: EVA, cola para EVA e isopor, Marcador Permanente preto, Tinta Dimensional, Lápis Aquarelável e tesoura (produtos Acrilex).

Modo de fazer:
a)    Faça em cartolina uma forma onde irá representar um rosto (círculo, quadrado, bandeira, flor, etc).
b)    Risque essa forma em EVA. Recorte os cabelos também em EVA (utilize cores diferentes da cor da base (rosto).
c)    Passe pouca cola de EVA nos cabelos e cole-os sobre a forma.
d)    Passe lápis aquarelável nas laterais das formas (bandeirinhas) e nos cabelos.
e)    Com Marcador permanente preto ou Tinta Dimensional preta desenhe o rosto com a expressão que você observou no rosto de um colega (tristeza, alegria, euforia, sono, etc).
f)     Se quiser, cole um palito de sorvete ou churrasco na parte de trás. Utilize como fantoche.
g)    Com os rostinhos prontos crie quadrinhos com falas.

Algumas expressões fisionômicas:







Dicas importantes
a) Passe pouca cola em uma das partes do EVA e, depois de três minutos, junte as duas partes. Assim, fica mais fácil para colar.
b) Molhe a ponta do lápis aquarelável e passe sobre o EVA ou umedeça o EVA com o pincel e faça a pintura no EVA.
c) Peça ao seu amigo que faça uma expressão no rosto. Olhe-o por algum tempo. Faça os traços no papel e só depois de achar que os traços estão realmente mostrando a expressão retratada é que você fará no EVA com o marcador permanente.

Conteúdos trabalhados:
- Expressões fisionômicas
- Desenvolvimento da imaginação e da escrita.
- Desenho, cores, linhas, formas, proporção, textura, sobreposição.

Técnicas trabalhadas:
- Desenho, recorte e colagem.
- Pintura com lápis aquarelável.

Encaminhamento do trabalho:
I - Início – Fale com seus alunos sobre sentimentos e as maneiras que mostramos o que estamos sentindo.
- Fale sobre as expressões do nosso rosto.
- Peça aos alunos que se expressem com: alegria, tristeza, medo, susto, indignação, etc.
- Fale sobre a importância do sorriso para o nosso bom humor.
II – Confecção dos personagens com bandeirinhas
- Peça às crianças que se dividam em duplas. Um fará a expressão e o outro desenhará. Depois promova a troca.
- Diga as crianças para desenharem uma base que poderá ser um círculo, um quadrado, um triângulo, uma bandeirinha, uma flor, etc.
- Desenhar a expresso na base, colar os cabelos e pintar.
- Façam diferentes expressões.

III – Montagem das falas.
- Peça que criem uma fala para o personagem. Se quiser junte dois personagens para fazer um quadrinho. Cole sobre a cartolina e escreva a fala dentro do balãozinho.

Observação 01: A partir desse estudo, desenhos e confecção de personagens, as crianças estarão prontas para o próximo Projeto “Histórias em Quadrinhos”.

Observação 02: Para ter mais ideias conheça os livros “Ideias e Técnicas para reler Obras de Arte” e “Aprendendo com Contos e Fábulas” de minha autoria.

Observação 03: Postagem realizada no site da Acrilex - www.acrilex.com.br - link "Educadores", Edição 07.

Ivete Raffa
Arte educadora e pedagoga
Cursos de capacitação e livros para professores
iveteraffa@uol.com.br