quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Músicas infantis - possibilidades de aprendizagem e criação"

Projeto: "Músicas infantis – possibilidades de aprendizagem e criação"


A música e o homem sempre viveram juntos, em qualquer parte do mundo, em todas as épocas. No início da civilização o homem reproduzia os sons que ouvia da natureza.

A música é uma das linguagens da arte que mexe com os sentimentos das pessoas provocando alegria, euforia, descontração, tristeza, raiva, etc. Ela está presente em todas as culturas nas mais diferentes situações.

Faz parte da educação desde há muito tempo, sendo que, na Grécia antiga, era considerada fundamental para a formação dos futuros cidadãos.


A Música na Educação Infantil

As crianças se relacionam afetivamente com a música desde muito pequeninas pois elas tem reações de prazer ao serem embaladas pelas mães quando ouvem as cantigas de ninar. Mesmo antes de aprenderem a falar, se expressam através de movimentos, sons e ritmos. A convivência com os diferentes sons e ruídos é de suma importância, pois através dos mesmos se faz descobertas e, com elas, o conhecimento e a exploração do mundo.

Ao ouvir uma música a criança se concentra e procura acompanhá-la, cantando e fazendo movimentos com o corpo, batendo palmas, sapateando, virando a cabeça de um lado para outro, enfim, desenvolvem o senso rítmico, estreitando assim, seu conhecimento sobre música.

Aos dois anos, a criança é capaz de cantar versos soltos, geralmente fora do tom e reconhece algumas melodias e cantores. Aos três anos, ela consegue reproduzir uma música pequena inteira, mas ainda fora do tom. Elas gostam de cantar em grupos, marchar, pular, correr, sempre embaladas pela música.

Entre quatro e cinco anos já controlam a voz, gostam de dramatizar as canções, conseguem cantar melodias inteiras, começam a gostar das cantigas de roda, conseguem sincronizar os movimentos das mãos e pés e dançam com mais facilidade no ritmo da música. Percebem a diferença dos diversos timbres (vozes, objetos, instrumentos), dos sons graves e agudos, além da variação de intensidade (forte e fraca).

Dos seis aos sete anos, elas conseguem acompanhar sequencias rítmicas, cantam acentuando a tônica das palavras, batem a pulsação da música com as mãos, enquanto o pé acentua o tempo mais forte. Distinguem ritmos populares, criam gestos livremente de acordo com o ritmo que estão ouvindo e produzem pequenas melodias.

Dos oito aos nove anos, as crianças conseguem interpretar músicas com bastante expressão, distinguem com segurança a melodia, o ritmo, a harmonia e, acompanham as músicas com o corpo o tempo todo. Aos dez anos, as crianças facilmente criam sonoplastias para histórias e trilhas sonoras para novela. Gostam de cantar com entusiasmo e tocam algum instrumento para o acompanhamento.


Trabalhando com a música em sala de aula
a) Peça que as crianças fiquem em silêncio e observem os sons ao seu redor. Peça que descrevam, desenhem ou imitem o que ouviram.
b) Faça um passeio com as crianças para fora da escola e peça que descubram sons característicos de cada lugar.
c)    Grave alguns sons e peça que, ao ouvirem, identifiquem.
d)  Peça aos alunos que fechem os olhos e ande entre eles fazendo algum barulho. Eles deverão acompanhar com a mão de onde o som está vindo.
e)    Trabalhe com os elementos dos sons:
- Altura (agudo, médio, grave)
- Intensidade (forte, fraco)
- Duração (longo, curto)
- Timbre (é a característica de cada som, o que nos faz diferenciar as vozes e os instrumentos)
f) Brinque com as crianças com jogos musicais correspondentes às fases do
    desenvolvimento infantil:
    >>> Sensório-Motor (até dois anos) - São atividades que relacionam o som ao gesto. A criança pode fazer gestos para produzir sons e expressar-se corporalmente para representar o que ouve ou canta. Essas atividades favorecem o desenvolvimento da motricidade.
    >>> Simbólico (a partir dos dois anos) – Aqui se busca representar o significado da música, o sentimento, a expressão. O som tem função de ilustração, de sonoplastia. Contribuem para o desenvolvimento da linguagem.
    >>> Analítico ou de Regras (a partir dos quatro anos) – São jogos que envolvem a estrutura da música, onde são necessárias a socialização e a organização. A criança precisa escutar a si mesma e aos outros, esperando sua vez de cantar e tocar. Ajudam no desenvolvimento do sentido de organização e disciplina.
f) Proponha que cantem e se movimentem com as músicas de acordo com a faixa etária deles.
g) Para tornar a aula mais significativa, além de cantar e dançar, faça algo que marque a música, por exemplo, se a música fala de borboleta, ensine a construção de uma borboleta, se fala de um balão ensine a fazerem um balão. Pode ser com papel, com massinhas, sucatas, colher de pau, etc. Cada professor deverá saber o grau de conhecimento de seus alunos e desafiá-los dentro daquilo que conseguirão fazer.


Músicas Infantis

Peixe Vivo
Como pode um peixe vivo
Viver fora da água fria (bis)
Como poderei viver (bis)
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia (bis)


Cai, cai, balão
Cai, cai, balão.  Cai, cai, balão.
Aqui na minha mão
Não vou lá, não vou lá, não vou lá,
Tenho medo de apanhar.

Pirulito Que Bate Bate

Pirulito que bate bate 
Pirulito que já bateu 
Quem gosta de mim é ela 
Quem gosta dela sou eu 


Pirulito que bate bate 
Pirulito que já bateu 
A menina que eu gostava 
Não gostava como eu


Trenzinho Caipira

lá vai o trem com o menino,  lá vai a vida a rodar 

lá vai ciranda e destino, cidade noite a girar 
lá vai o trem sem destino, pro dia novo encontrar 
correndo vai pela terra, vai pela serra, vai pelo mar 
cantando pela serra ao luar 
correndo entre as estrelas a voar, no ar, no ar, no ar.

  

Borboletinha

Borboletinha tá na cozinha 

fazendo chocolate 
para a madrinha


Poti, Poti,
perna de pau
olho de vidro
e nariz de pica-pau pau pau

A barata diz que tem sete saias de filó

A Barata diz que tem sete saias de filó 

É mentira da barata, ela tem é uma só 
Ah ah ah, oh, oh, oh, ela tem é uma só ! 
A Barata diz que tem um sapato de veludo 
É mentira da barata, o pé dela é peludo 
Ah ah ah, hu hu hu, o pé dela é peludo ! 
A Barata diz que tem um sapato de fivela 
É mentira da barata, o sapato é da mãe dela 
Ah ah ah ho ho ho, o sapato é da mãe dela 
A Barata diz que tem uma cama de marfim 
É mentira da barata, ela tem é de capim 
Ah ah ha him him him, ela tem é de capim 
A Barata diz que tem um anel de formatura 
É mentira da barata, ela tem é casca dura 
Ah há há, hu hu hu, ela tem é casca dura 
A Barata diz que tem o cabelo cacheado 
É mentira da barata, ela tem coco raspado 
Ah há há ho ho ho ela tem coco raspado



Dona Aranha
A dona aranha subiu pela parede

Veio a chuva forte e a derrubou

Já passou a chuva o sol vem surgindo

E a dona aranha continua a subir

Ela é teimosa e desobediente

Sobe, sobe, sobe e nunca está contente



Carneirinho, carneirão
Carneirinho, carneirão.
Cabecinha de algodão.
Era assim que antigamente
Se cantava esta canção:


Pequeninos somos nós,

Nossa vida é brincar.
E depois, sossegadinhos,
Para a casa descansar


Pula a fogueira Iaiá!
 
Pula a fogueira, Iaiá!
Pula a fogueira, Ioiô!
Cuidado para não se queimar
Olha que a fogueira
Já queimou o meu amor!

  
Sapo Cururu
Sapo Cururu na beira do rio

Quando o sapo grita, ó Maninha, diz que está com frio
A mulher do sapo, é quem está lá dentro
Fazendo rendinha, ó Maninha, pro seu casamento



1,2,3 Indiozinhos
1,2,3, indiozinhos. 

4,5,6, indiozinhos. 
7,8,9, indiozinhos. 
10, num pequeno bote.


Iam navegando pelo rio abaixo 

quando o jacaré se aproximou 
e o pequeno bote dos indiozinhos 
quase, quase, virou!

Observação 01: As atividades feitas com massinhas, foram feitas pela professora Rozilene A. M. Oliveira de São Paulo e as atividades com colher de pau, pela professora Anunzziata Lettieri Augusto do Colégio Mania de Aprender, de São Miguel Paulista – São Paulo. 

Observação 02: Plano de aula postado no site da Acrilex - www.acrilex.com.br - link "Educadores - Edição nº 17

Ivete Raffa
Arte educadora e pedagoga
  

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