Projeto: "Músicas
infantis – possibilidades de aprendizagem e criação"
A música e o homem sempre viveram
juntos, em qualquer parte do mundo, em todas as épocas. No início da
civilização o homem reproduzia os sons que ouvia da natureza.
A música é uma das linguagens da arte
que mexe com os sentimentos das pessoas provocando alegria, euforia, descontração,
tristeza, raiva, etc. Ela está presente em todas as
culturas nas mais diferentes situações.
Faz parte da educação desde há muito tempo, sendo que, na Grécia antiga,
era considerada fundamental para a formação dos futuros cidadãos.
A Música na Educação Infantil
As crianças se relacionam afetivamente com a música desde muito pequeninas
pois elas tem reações de prazer ao serem embaladas pelas mães quando ouvem as
cantigas de ninar. Mesmo antes de aprenderem a falar, se expressam através de movimentos,
sons e ritmos. A convivência com os diferentes sons e ruídos é de suma importância,
pois através dos mesmos se faz descobertas e, com elas, o conhecimento e a
exploração do mundo.
Ao ouvir uma música a criança se
concentra e procura acompanhá-la, cantando e fazendo movimentos com o corpo,
batendo palmas, sapateando, virando a cabeça de um lado para outro, enfim, desenvolvem
o senso rítmico, estreitando assim, seu conhecimento sobre música.
Aos dois anos, a criança é capaz de cantar versos soltos, geralmente
fora do tom e reconhece algumas melodias e cantores. Aos três anos, ela
consegue reproduzir uma música pequena inteira, mas ainda fora do tom. Elas
gostam de cantar em grupos, marchar, pular, correr, sempre embaladas pela
música.
Entre quatro e cinco anos já controlam a voz, gostam de dramatizar as canções,
conseguem cantar melodias inteiras, começam a gostar das cantigas de roda,
conseguem sincronizar os movimentos das mãos e pés e dançam com mais facilidade
no ritmo da música. Percebem a diferença dos diversos timbres (vozes, objetos,
instrumentos), dos sons graves e agudos, além da variação de intensidade (forte
e fraca).
Dos seis aos sete anos, elas conseguem
acompanhar sequencias rítmicas, cantam acentuando a tônica das palavras, batem
a pulsação da música com as mãos, enquanto o pé acentua o tempo mais forte.
Distinguem ritmos populares, criam gestos livremente de acordo com o ritmo que
estão ouvindo e produzem pequenas melodias.
Dos oito aos nove anos, as crianças conseguem interpretar músicas com
bastante expressão, distinguem com segurança a melodia, o ritmo, a harmonia e,
acompanham as músicas com o corpo o tempo todo. Aos dez anos, as crianças
facilmente criam sonoplastias para histórias e trilhas sonoras para novela.
Gostam de cantar com entusiasmo e tocam algum instrumento para o
acompanhamento.
Trabalhando
com a música em sala de aula
a) Peça que as crianças
fiquem em silêncio e observem os sons ao seu redor. Peça que descrevam,
desenhem ou imitem o que ouviram.
b) Faça um passeio com as crianças para
fora da escola e peça que descubram sons característicos de
cada lugar.
c) Grave alguns sons e
peça que, ao ouvirem, identifiquem.
d) Peça aos alunos que
fechem os olhos e ande entre eles fazendo algum barulho. Eles deverão acompanhar
com a mão de onde o som está vindo.
e) Trabalhe com os
elementos dos sons:
- Altura (agudo, médio, grave)
- Intensidade (forte, fraco)
- Duração (longo, curto)
- Timbre (é a característica de cada som, o que
nos faz diferenciar as vozes e os instrumentos)
f) Brinque com as
crianças com jogos musicais correspondentes às fases do
desenvolvimento infantil:
>>> Sensório-Motor (até dois anos) - São atividades que relacionam o
som ao gesto. A criança pode fazer gestos para produzir sons e expressar-se
corporalmente para representar o que ouve ou canta. Essas atividades favorecem
o desenvolvimento da motricidade.
>>> Simbólico (a partir dos dois anos) – Aqui se busca representar o
significado da música, o sentimento, a expressão. O som tem função de
ilustração, de sonoplastia. Contribuem para o desenvolvimento da linguagem.
>>> Analítico ou de Regras (a partir dos quatro anos) – São jogos que
envolvem a estrutura da música, onde são necessárias a socialização e a organização.
A criança precisa escutar a si mesma e aos outros, esperando sua vez de cantar
e tocar. Ajudam no desenvolvimento do sentido de organização e disciplina.
f) Proponha que cantem e se movimentem com as
músicas de acordo com a faixa etária deles.
g) Para tornar a aula mais significativa, além
de cantar e dançar, faça algo que marque a música, por exemplo, se a música
fala de borboleta, ensine a construção de uma borboleta, se fala de um balão
ensine a fazerem um balão. Pode ser com papel, com massinhas, sucatas, colher de
pau, etc. Cada professor deverá saber o grau de conhecimento de seus alunos e
desafiá-los dentro daquilo que conseguirão fazer.
Músicas Infantis
Peixe
Vivo
Como pode um peixe vivo
Viver fora da água fria (bis)
Como poderei viver (bis)
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia (bis)
Cai, cai, balão
Cai,
cai, balão. Cai, cai, balão.
Aqui
na minha mão
Não
vou lá, não vou lá, não vou lá,
Tenho
medo de apanhar.
Pirulito Que Bate Bate
Pirulito
que bate bate
Pirulito que já bateu
Quem gosta de mim é ela
Quem gosta dela sou eu
Pirulito que bate bate
Pirulito que já bateu
A menina que eu gostava
Não gostava como eu
Trenzinho
Caipira
lá vai o trem com o menino, lá vai a vida a rodar
lá vai ciranda e destino, cidade noite a girar
lá vai o trem sem destino, pro dia novo encontrar
correndo vai pela terra, vai pela serra, vai pelo mar
cantando pela serra ao luar
correndo entre as estrelas a voar, no ar, no ar, no ar.
Borboletinha
Borboletinha tá na cozinha
fazendo chocolate
para a madrinha
Poti, Poti,
perna de pau
olho de vidro
e nariz de pica-pau pau pau
A barata diz que tem sete saias de filó
A Barata diz que tem sete saias de
filó
É mentira da barata, ela tem é uma só
Ah ah ah, oh, oh, oh, ela tem é uma só !
A Barata diz que tem um sapato de veludo
É mentira da barata, o pé dela é peludo
Ah ah ah, hu hu hu, o pé dela é peludo !
A Barata diz que tem um sapato de fivela
É mentira da barata, o sapato é da mãe dela
Ah ah ah ho ho ho, o sapato é da mãe dela
A Barata diz que tem uma cama de marfim
É mentira da barata, ela tem é de capim
Ah ah ha him him him, ela tem é de capim
A Barata diz que tem um anel de formatura
É mentira da barata, ela tem é casca dura
Ah há há, hu hu hu, ela tem é casca dura
A Barata diz que tem o cabelo cacheado
É mentira da barata, ela tem coco raspado
Ah há há ho ho ho ela tem coco raspado
Dona
Aranha
A
dona aranha subiu pela parede
Veio a chuva forte e a derrubou
Já
passou a chuva o sol vem surgindo
E a dona aranha continua a subir
Ela
é teimosa e desobediente
Sobe, sobe, sobe e nunca está contente
Carneirinho, carneirão
Carneirinho, carneirão.
Cabecinha de algodão.
Era assim que antigamente
Se cantava esta canção:
Pequeninos somos nós,
Nossa vida é brincar.
E depois, sossegadinhos,
Para a casa descansar
Pula a fogueira Iaiá!
Pula a fogueira, Iaiá!
Pula a fogueira, Ioiô!
Cuidado para não se queimar
Olha que a fogueira
Já queimou o meu amor!
Sapo Cururu
Sapo
Cururu na beira do rio
Quando o sapo grita, ó Maninha, diz que está com frio
A mulher do sapo, é quem está lá dentro
Fazendo rendinha, ó Maninha, pro seu casamento
1,2,3 Indiozinhos
1,2,3, indiozinhos.
4,5,6, indiozinhos.
7,8,9, indiozinhos.
10, num pequeno bote.
Iam navegando pelo rio abaixo
quando o jacaré se aproximou
e o pequeno bote dos indiozinhos
quase, quase, virou!
Observação 01: As atividades feitas com massinhas,
foram feitas pela professora Rozilene A. M. Oliveira de São Paulo e as
atividades com colher de pau, pela professora Anunzziata Lettieri Augusto do Colégio
Mania de Aprender, de São Miguel Paulista – São Paulo.
Observação 02: Plano de aula postado no site da Acrilex - www.acrilex.com.br - link "Educadores - Edição nº 17
Ivete Raffa
Arte educadora e pedagoga
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