domingo, 23 de maio de 2021

Projeto "Máscaras"

 Projeto: “Máscaras”

As máscaras têm origem na pintura corporal de rituais primitivos, sendo seu uso adotado desde os tempos pré-históricos. Usá-la pode significar deixar de lado uma personalidade cotidiana para assumir as qualidades do ser que ela representa. Essa intenção explica o mais antigo registro de sua existência, encontrado na caverna de Lascaux, na França, em desenhos feitos nas paredes mostrando homens mascarados com cabeças de animais, os quais acreditavam adquirir as forças da caça.

Mais tarde, na China, as máscaras eram confeccionadas para afastar os maus espíritos. Muitos sacerdotes de civilizações primitivas, como os pajés entre os indígenas, usavam máscaras para incorporar entidades que eles acreditavam curar os enfermos.

Os romanos ignoravam as máscaras, usavam pintura no rosto. Na Idade Média, as máscaras apareciam discretamente. Já no Renascimento, as máscaras apareciam com muito brilho, muita pompa. Os personagens mais conhecidos eram o Pierrô, a Colombina, a Pulcinella e o Arlequim, que inspiraram o Carnaval, uma das maiores festas brasileiras.

As máscaras são evocadas para reviver tradições, raízes históricas etc. É um recurso de memória que incita a fantasia. O teatro também as adota, com variadas finalidades.

 

As máscaras africanas

As "máscaras" são as formas mais conhecidas da plástica africana. Constituem síntese de elementos simbólicos mais variados se convertendo em expressões da vontade criadora do africano.

Foram os objetos que mais impressionaram os povos europeus desde as primeiras exposições em museus do Velho Mundo, através de milhares de peças saqueadas do patrimônio cultural da África, embora sem reconhecimento de seu significado simbólico.

Nas comunidades africanas, as máscaras, geralmente estão ligadas a rituais religiosos, de guerra, de fertilidade da terra e até mesmo de entretenimento.

Quando esculpidas, representam o divino. Geralmente de madeira, a sua confecção passa por rituais desde a escolha de quem vai confeccioná-la até o ritual de purificação pelo qual o escultor passará. As esculturas se caracterizam basicamente por expressarem esteticamente um conceito, uma ideia, uma essência, para além da aparência ‘realista’.

 

Atividades: Confecção de máscaras africanas com diferentes materiais e técnicas.

 

Objetivos:

a) Conhecer a história das máscaras ao longo dos séculos e expressar-se criando máscaras inspiradas nas máscaras africanas.

 

Desenvolvimento:

a) Peça aos seus alunos que pesquisem sobre as máscaras. Como eram confeccionadas? Em quais ocasiões eram usadas e, por quem? Com quais materiais eram confeccionadas?

b) No dia 20 de Novembro é comemorado no Brasil o “Dia da Consciência Negra”. Converse com seus alunos sobre a importância desse dia para todos os brasileiros, a influência trazida pelos negros para a nossa cultura e as características da cultura africana nos desenhos dos tecidos, nas comidas, na música, na religião, etc.

c) Proponha que, inspirados nas máscaras africanas, criem suas próprias máscaras utilizando diferentes materiais e bases. Esse momento é muito importante para que experimentem materiais novos, que misturem materiais como: papéis, EVA, tecidos, tintas, fios, papelão, entre outros.

d)  Ao final, converse com seus alunos sobre o que sentiram ao produzirem as máscaras. Pergunte o que aprenderam, quais os conteúdos foram relembrados e quais os novos conteúdos aprendidos.

e) Montem uma exposição com as máscaras mostrando para as demais classes o trabalho desenvolvido. Contem o que aprenderam com essa atividade.

 

Máscaras - Sugestões

Atividade 01 – Máscaras pintadas em embalagens de shampú

Materiais:  embalagens de shampú, Primer, Tinta Acrílica, Crystal cola Brilliant, papel crepom, tesoura de picotar, tesoura e olhos móveis.

Modo de fazer:

a)    Passe duas demãos de Primer sobre a embalagem de shampú. Espere secar.

b)    Risque a máscara africana e pinte com Tinta Acrílica fosca ou brilhante.

c)    Faça linhas com Crystal cola e finalize cortando crepom com a tesoura de picotar (cabelos).


Atividade 02 – Máscaras – Areia e guache + materiais alternativos

Materias: areia fina, guache, cola branca, papelão e materiais alternativos (fios, palha, barbantes, palitos, etc).

 

Modo de fazer:

a) Faça uma mistura de areia fina, guache e cola. Esta mistura deverá ficar bem grossa.

b) Desenhe uma máscara sobre o papelão. Coloque a mistura de areia + cola + guache sobre o desenho.

c) Acrescente mais mistura para formar a boca, olhos e nariz.

d) Dê acabamento colando fios, palha, barbantes, etc.

 

 

Atividade 03 – Máscaras – Kirigami


                                                 Sugestão da prof. Lívia Quadro de Bauru – SP

Materiais: papel color set preto, tesoura, lápis de cor e giz de cera.

Modo de fazer:

a) Recorte um retângulo de papel colorset (20x30cm). Dobre-o ao meio e faça recortes para fazer a máscara. Corte o formato da cabeça, orelhas e faça recortes na dobra. Dobre ao meio no lugar dos olhos, recorte os olhos.

b)  Abra a máscara e pinte simetricamente com giz de cera ou lápis de cor.

 

Atividade 04 – Máscaras – Papelão  

Materiais:  papelão, tesoura, lápis, guache, pincel ref. 054 – nº 08, Crystal cola Brilliant preta e branca, Cristal cola Jelly (várias cores).

Modo de fazer:

a)   Recortar um molde da máscara no papelão.

b)  Dividir a máscara ao meio e fazer desenhos de maneira simétrica, inspirados nas obras de Rubem Valentim. Os dois lados devem ter o mesmo desenho.

c)  Pintar com Guache. Depois de seco, fazer os contornos das linhas com Crystal cola Brilliant preta ou branca.

d)  Fazer texturas com Crystal cola Jelly (várias cores).

e)  Escolher algumas partes da máscara e dar brilho passando a Crystal cola Jelly com pincel.


O projeto “Máscaras com papelão” foi desenvolvido pelo professor Paulo Sérgio Alves Tramont, com os alunos do 4º ano da EE Fúlvio Abramo de São Paulo.

1)  Inicialmente o professor falou aos alunos sobre as máscaras desde a pré-história, a utilização das máscaras ao longo dos séculos e as máscaras africanas.

2) Mostrou um vídeo sobre as obras de Rubem Valentim, pintor brasileiro que se inspirou na cultura africana para criar suas obras.

3)  Desenvolveu quatro moldes para máscaras e solicitou que cada criança escolhesse um.

4)      Cada criança riscou seu molde sobre o papelão e recortou.

5)   Elas deveriam fazer seus desenhos sobre a máscara de forma simétrica, baseando-se nas obras de RUBEM VALENTIM.  Com Guache, pintar a máscara. 

 

6)      Fazer um corte de círculo para fixar atrás da máscara para lhe dar curvatura.

                                                               

7)      Fixar o papelão com cola quente. Observe que isso facilitará colocar a máscara na parede.

8) A partir disso, a máscara está pronta, mas o aluno poderá incrementar fazendo os contornos com Crystal cola Brilliant, assim como, fazer texturas ou dar brilho em partes da máscara.








Ivete Raffa

Arte educadora e pedagoga

iveteraffa@uol.com.br

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